Pesquisa desenvolvida no Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP realizou um mapeamento digital em 3D do subsolo da cidade de Curitiba, no Paraná. De acordo com o geólogo Edmundo Talamini, autor do estudo, o mapeamento pode auxiliar na elaboração de projetos de ocupação do subsolo da cidade como obras metroviárias, túneis rodoviários ou garagens subterrâneas e na definição preliminar de custos.
No mapa orientativo há informações sobre os tipos de solo, a profundidade e a favorabilidade de cada um deles para ocupação. O trabalho também propõe um método para mapeamento e caracterização de espaços subterrâneos urbanos. O mapa também possui uma versão tridimensional para navegação virtual. Nesse modelo, existe a possibilidade de se "caminhar" pelas camadas do subsolo. Ao clicar na superfície do terreno ou em alguma interface que separa camadas de solo, será informada a altitude. Clicando-se em uma avenida ou terminal de ônibus, será mostrado qual o seu nome.
Levantamento de dados
No mapeamento de Curitiba, Talamini buscou inúmeras informações como um mapa digital das ruas da cidade e mapas topográficos. Com as curvas de nível do mapa topográfico (linhas de igual altitude que representam a forma do terreno) o geólogo conseguiu chegar a uma malha tridimensional que representa a superfície da cidade.
Em seguida, fez um levantamento de dados de sondagens obtidos em empresas. Utilizou também dados de um doutorado feito em Curitiba, com informações sobre poços profundos. O geólogo realizou ainda pesquisas de campo em vários locais da cidade para identificar os solos. Todas as informações levantadas foram colocadas em um sistema de informações geográficas (SIG) e após várias interpretações Talamini chegou ao resultado final de sua pesquisa: o mapa orientativo.
O geólogo explica que os solos desfavoráveis não aparecem em todo o município e ocorrem apenas em profundidades rasas (menores que oito metros). "O subsolo da cidade era considerado ruim, mas conseguimos mostrar que é possível utilizá-lo para ocupação", conta Talamini.
O estudo, realizado entre março de 1999 e abril de 2001, indica que no município de Curitiba aproximadamente 20% da área é composta por solos aluviais - formados por areias e argilas orgânicas - "ruins" para a escavação, pois apresentam baixa resistência e grande quantidade de água. A Formação Guabirotuba, encontrada em 35% do município, é formada principalmente por argilas fissuradas, também consideradas "ruins" para escavação por soltarem blocos quando expostas por muito tempo. Para o pesquisador, este fator não chega a tornar o solo inadequado. "Túneis vêm sendo escavados há anos em solos semelhantes, em Londres e em São Paulo, inclusive em vários trechos do metrô. Pode-se utilizar concreto projetado (lançado por jatos) para uma sustentação rápida das paredes", explica.
O restante do município (45%) é composto por solos residuais - formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo deles -, favoráveis para a construção de túneis devido à sua maior resistência. Em certas áreas de Curitiba, incluindo a porção Norte do Centro, é possível a construção de túneis na rocha, pois esta encontra-se a profundidades relativamente pequenas. A rocha é o melhor material para construção de túneis devido ao baixo custo para sustentação das paredes e do teto.
O geólogo ressalta que atualmente já existe tecnologia para escavar túneis em praticamente qualquer tipo de solo ou rocha, porém "o que muda é o custo da obra, e o mapa é útil exatamente para auxiliar nas atividades de planejamento de projetos de obras subterrâneas", observa Talamini.
No mapa orientativo há informações sobre os tipos de solo, a profundidade e a favorabilidade de cada um deles para ocupação. O trabalho também propõe um método para mapeamento e caracterização de espaços subterrâneos urbanos. O mapa também possui uma versão tridimensional para navegação virtual. Nesse modelo, existe a possibilidade de se "caminhar" pelas camadas do subsolo. Ao clicar na superfície do terreno ou em alguma interface que separa camadas de solo, será informada a altitude. Clicando-se em uma avenida ou terminal de ônibus, será mostrado qual o seu nome.
Levantamento de dados
No mapeamento de Curitiba, Talamini buscou inúmeras informações como um mapa digital das ruas da cidade e mapas topográficos. Com as curvas de nível do mapa topográfico (linhas de igual altitude que representam a forma do terreno) o geólogo conseguiu chegar a uma malha tridimensional que representa a superfície da cidade.
Em seguida, fez um levantamento de dados de sondagens obtidos em empresas. Utilizou também dados de um doutorado feito em Curitiba, com informações sobre poços profundos. O geólogo realizou ainda pesquisas de campo em vários locais da cidade para identificar os solos. Todas as informações levantadas foram colocadas em um sistema de informações geográficas (SIG) e após várias interpretações Talamini chegou ao resultado final de sua pesquisa: o mapa orientativo.
O geólogo explica que os solos desfavoráveis não aparecem em todo o município e ocorrem apenas em profundidades rasas (menores que oito metros). "O subsolo da cidade era considerado ruim, mas conseguimos mostrar que é possível utilizá-lo para ocupação", conta Talamini.
O estudo, realizado entre março de 1999 e abril de 2001, indica que no município de Curitiba aproximadamente 20% da área é composta por solos aluviais - formados por areias e argilas orgânicas - "ruins" para a escavação, pois apresentam baixa resistência e grande quantidade de água. A Formação Guabirotuba, encontrada em 35% do município, é formada principalmente por argilas fissuradas, também consideradas "ruins" para escavação por soltarem blocos quando expostas por muito tempo. Para o pesquisador, este fator não chega a tornar o solo inadequado. "Túneis vêm sendo escavados há anos em solos semelhantes, em Londres e em São Paulo, inclusive em vários trechos do metrô. Pode-se utilizar concreto projetado (lançado por jatos) para uma sustentação rápida das paredes", explica.
O restante do município (45%) é composto por solos residuais - formados pela alteração da rocha que se encontra abaixo deles -, favoráveis para a construção de túneis devido à sua maior resistência. Em certas áreas de Curitiba, incluindo a porção Norte do Centro, é possível a construção de túneis na rocha, pois esta encontra-se a profundidades relativamente pequenas. A rocha é o melhor material para construção de túneis devido ao baixo custo para sustentação das paredes e do teto.
O geólogo ressalta que atualmente já existe tecnologia para escavar túneis em praticamente qualquer tipo de solo ou rocha, porém "o que muda é o custo da obra, e o mapa é útil exatamente para auxiliar nas atividades de planejamento de projetos de obras subterrâneas", observa Talamini.
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